sexta-feira, 2 de abril de 2010

"Sou a noite"

"Sou a noite em que o mundo se consome:
As cousas mais humildes e sem nome,
As estrelas, os Deuses, tudo quanto
Se amortalha na sombra do meu canto
Que chora a sua eterna imperfeição!
Sou tempestade, noite, solidão,
O frio esquecimento,
A sombra do luar bailando com o vento,
Um gemido de nevoa, uma ternura, um ai,
Phantasma d´uma lagrima que cáe."

Teixeira de Pascoaes in "Elegia da Solidão"(1920)

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